domingo, 13 de abril de 2014

DESSAS NOITES


É dessas noites que falo, arfante,
quando, em galopes sussurrados,
fundamos vales, montes e colinas
bebendo a sede descoberta em cada curva

É dessas noites em que o suor é quase chuva
e, lavando o cansaço da rotina em linha reta,
desperta as ousadias mais secretas que falo
arfante, coberta por um sol que nunca dorme

É dessas noites em que o desejo é enorme
que falo, arfante, provocando seu instinto adormecido
para que a calma, vez ou outra, perca o juízo
e, sem prejuízo, morra no vão do nosso abraço


DESSAS NOITES – Lena Ferreira – abr.14

2 comentários:

  1. Vim buscar um pouco de poesia...absorver os ares neste cantinho que me faz tão bem.

    Beijo ternurento

    ResponderExcluir
  2. É sempre uma alegria, e honra, recebê-la aqui, Ternura.

    Beijo sereno, Clau Assi.

    ResponderExcluir