terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

SOLIDÁRIO

É com os ouvidos da alma que escuta
atento, as confidências, os lamentos
quando uma alma enluarada se agita
o discurso é sangria; pra quê contê-la?


Então, com os braços da alma, acalma
as tensões de mais um dia entre conflitos
no colo manso, tempestades, ventanias
esvaem-se; pra quê retê-las?


E, enquanto a madrugada em passos leves
passeia entre as calçadas de estrelas,
instaura em mim a calma, ainda que breve...
- adormeço, sonhando em mantê-la -


SOLIDÁRIO – Lena Ferreira – fev.14

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