segunda-feira, 29 de abril de 2013
ESTÁGIO
Estágio em cansaço vadio
esgrimam o ócio e o vício
esmolas de pão e de vinho
esmagam o fim mais propício
Desvelo novelando o fio
deslumbre do vão-precipício
desvio do verbo; adivinho
desterro em terreno difícil
Inverso do medo arredio
inverno mostrando o indício
interno o externo mesquinho;
invento outro fim pro início
ESTÁGIO - Lena Ferreira - abril/13
esgrimam o ócio e o vício
esmolas de pão e de vinho
esmagam o fim mais propício
Desvelo novelando o fio
deslumbre do vão-precipício
desvio do verbo; adivinho
desterro em terreno difícil
Inverso do medo arredio
inverno mostrando o indício
interno o externo mesquinho;
invento outro fim pro início
ESTÁGIO - Lena Ferreira - abril/13
domingo, 28 de abril de 2013
MAIS UM CLICHÊ
Menos
expectativas geram infinitas surpresas; é fato! Clichê também mas tão
certo que é sempre bom ter isto em mente. Diminua a ansiedade da espera,
principalmente por uma postura ou atitude do outro. Faça sua parte,
independente do outro. Seja, simplesmente por você e não pelo outro e o
resto virá e mesmo que não venha amanhã ou depois, a semente foi
plantada e, de repente, florirá num campo que você menos imagina; eis a
surpresa, sem ensaio! Com desejo de uma semana tranquila, deixo um beijo
azul em cada um que por aqui passar. Domingo lindo, por dentro e por
fora, queridos. Lena Ferreira
quinta-feira, 25 de abril de 2013
COMBINADO?
Então fica combinado que, a partir de hoje, não voltaremos ao passado inutilmente.
Que sejamos, tão somente, visitantes breves dos fatos que mereçam ser repetidos e não seus hóspedes permanentes.
E que não sejamos meros expectadores do nosso futuro, nem de leve, e sim, trabalhadores árduos neste merecido presente. Combinemos que, com sutilezas, ergueremos pontes, derrubaremos muros, alargaremos horizontes. E, retirando o pó das palavras construtivas – ouvidos atentos aos detalhes que o vento nos traz – iremos além.
Que sejamos, de fato, presentes - modo e adjetivo - e tenhamos motivos de sobra para comemorar o simples fato de estarmos vivos.
Lena Ferreira
Que sejamos, tão somente, visitantes breves dos fatos que mereçam ser repetidos e não seus hóspedes permanentes.
E que não sejamos meros expectadores do nosso futuro, nem de leve, e sim, trabalhadores árduos neste merecido presente. Combinemos que, com sutilezas, ergueremos pontes, derrubaremos muros, alargaremos horizontes. E, retirando o pó das palavras construtivas – ouvidos atentos aos detalhes que o vento nos traz – iremos além.
Que sejamos, de fato, presentes - modo e adjetivo - e tenhamos motivos de sobra para comemorar o simples fato de estarmos vivos.
Lena Ferreira
quarta-feira, 24 de abril de 2013
TUAS ÁGUAS
Acomodas tempestades e no teu peito
há um vão tenso de onde escorrem vãs palavras
em lavas que inundam o quarto e a sala
e não cala o verbo que eu não quis ouvir
Fala de nós ao vento que passa ao longe
enquanto chamo a brisa para o nosso lado;
ela vem mas logo parte e em desassossego
rego o canto com meu canto de te amar
Não é doce a voz que sai de mim; é trêmula
carregada de um tom acovardado – refreio -
Não soubeste precisar nada além desta imagem
impregnada por detrás dos olhos negros, pequeninos
moles de tanto te ver e ver; tão perto e tão distante
Teu peito é um não imenso; incita tempestades
alargando o canto esquerdo com mais m'águas
TUAS ÁGUAS - Lena Ferreira - abril/13
segunda-feira, 22 de abril de 2013
CATORZE
Os catorze que aqui vão, sem disciplina
rasgam regras e não prestam continência
no quartel da academia de excelência:
mancos, pobres, loucos; babam na rotina
São catorze desafetos às retinas
embotadas e com pouca paciência;
logo deitam o selo de incompetência
no soldado que faz o que não domina
São catorze e mesmo presos pela rima
são tão livres por fazerem o que primam
mesmo com dura censura nessa forma
São catorze! Livres, sim, da pretensão
de alcançarem, seja um dia, o escalão
desejado pelos presos a uma norma
CATORZE - Lena Ferreira - abril/13
PELA VIDA
Pela estrada sigo firme, vou cantando,
desde quando o sol desponta até a lua.
Firmes passos no compasso, caminhando,
vez por outra, ponho minha alma nua.
Sinto o cheiro deste vento. Vou passando
Um perfume de verbena se insinua,
beija o rosto, vai a alma perfumando,
passos firmes vou seguindo pela rua.
Pela rua eu encontro tantas flores,
me recordo dos meus tantos mil amores,
revivendo na visão do pensamento.
Os espinhos que causaram tantas dores
hoje servem de lição, de ensinamento.
Pela vida sigo firme, vou com o vento!
PELA VIDA - Lena Ferreira -
desde quando o sol desponta até a lua.
Firmes passos no compasso, caminhando,
vez por outra, ponho minha alma nua.
Sinto o cheiro deste vento. Vou passando
Um perfume de verbena se insinua,
beija o rosto, vai a alma perfumando,
passos firmes vou seguindo pela rua.
Pela rua eu encontro tantas flores,
me recordo dos meus tantos mil amores,
revivendo na visão do pensamento.
Os espinhos que causaram tantas dores
hoje servem de lição, de ensinamento.
Pela vida sigo firme, vou com o vento!
PELA VIDA - Lena Ferreira -
domingo, 21 de abril de 2013
CONDIÇÃO
Mas se me perco é porque ainda me procuro
Não esconjuro nem blasfemo; sigo em frente
- serenamente é pretensão; às vezes piro
entre um delírio e outro a vírgula pontua -
Se insinua que, por isso, sou volúvel
eu não lamento; sinto muito, mas respeito
Este é meu jeito, é condição indissolúvel
mas, diferente de você, eu não me acho
Lena Ferreira - abril/13
Não esconjuro nem blasfemo; sigo em frente
- serenamente é pretensão; às vezes piro
entre um delírio e outro a vírgula pontua -
Se insinua que, por isso, sou volúvel
eu não lamento; sinto muito, mas respeito
Este é meu jeito, é condição indissolúvel
mas, diferente de você, eu não me acho
Lena Ferreira - abril/13
SEI LÁ
Sei
lá o porquê de escrever assim, dizendo o que me vem à mente em versos
reticentes e desconexos; incompreensíveis. De certo é pelo vício
adquirido de me deixar vazar pela luz da lua e deitar-me com as estrelas
frias, diariamente; sei lá porquê...
Talvez pelo fato da agonia cortante que me aflige a alma, - insistente-
queira esvaziar-me por breve instante. Talvez...Só sei que, quando escrevo assim, -relatando as marés que me consomem- sinto um conforto doce, embora passageiro, que tempera a acidez de minha alma.
Sei lá...Podem me lançar rótulos, os mais diversos e confusos, mas não abrirei mão dessa demência de por a alma à luz desses julgamentos diários. Sei lá porquê...
SEI LÁ - Lena Ferreira -
Talvez pelo fato da agonia cortante que me aflige a alma, - insistente-
queira esvaziar-me por breve instante. Talvez...Só sei que, quando escrevo assim, -relatando as marés que me consomem- sinto um conforto doce, embora passageiro, que tempera a acidez de minha alma.
Sei lá...Podem me lançar rótulos, os mais diversos e confusos, mas não abrirei mão dessa demência de por a alma à luz desses julgamentos diários. Sei lá porquê...
SEI LÁ - Lena Ferreira -
CHOVEU
E choveu aquela menina;
tempestade sem trovões
raios de olhares tortos
censurando seu perdão
Choveu tanto, tanto, tanto...
Não tento entender o intento
mas sinto como sendo minha
a poça onde descansa agora
sua calma desesperada e só
CHOVEU - Lena Ferreira -
tempestade sem trovões
raios de olhares tortos
censurando seu perdão
Choveu tanto, tanto, tanto...
Não tento entender o intento
mas sinto como sendo minha
a poça onde descansa agora
sua calma desesperada e só
CHOVEU - Lena Ferreira -
SINTO
Às
vezes, me pego revendo os rabiscos e desenhos primários dos meus filhos
quando bem pequenos. São traços incertos, cores desencontradas,
pinturas desobedientes ao espaço imposto mas, gente, como são lindos!
Como são importantes para eles que fizeram e para mim que recebi, mesmo
que, a primeira vista, não fizessem sentido; me tocam e eu sinto, é o
que importa. Hoje, li uma mensagem que dizia mais ou menos assim: ''a
vida é da cor que a gente pinta.'' Diria que é, também, da cor que a
gente vê e que, traços, rabiscos e curvas, não precisam fazer sentido,
desde que nos façam sentir.
Lena Ferreira
sexta-feira, 19 de abril de 2013
UMBILICAL
Tão
certo como o azul do céu
desperto e vejo o mar além
meus olhos vão num vai-vem
tenho um segundo para recordar
É tanto tempo que o tempo tem
mas não me prendo; bom é divagar
em um segundo nascerá alguém
também, em um segundo, morrerá
Tão certo como um mais um
deu três, eu vou ser bem feliz
pois ser feliz depende só de mim
de mim, de mim; de mais ninguém
UMBILICAL - Lena Ferreira -
desperto e vejo o mar além
meus olhos vão num vai-vem
tenho um segundo para recordar
É tanto tempo que o tempo tem
mas não me prendo; bom é divagar
em um segundo nascerá alguém
também, em um segundo, morrerá
Tão certo como um mais um
deu três, eu vou ser bem feliz
pois ser feliz depende só de mim
de mim, de mim; de mais ninguém
UMBILICAL - Lena Ferreira -
URGÊNCIA
Não te quero tarde; te quero agora
Urgentemente mas isento de pressa
O dia encontra a lua com a promessa
de rutilar o amor e sem demora.
Amar-te às claras na vaga brisa leve
É mágico encanto; é calma e calma
Que acalma esses delirantes traumas
Queimados em fogueira; chama breve
Cadentes num amar constante e puro
Anima por mim mesma a alta estima
Sucedem voos em saltitos leves
Dois corpos flutuando; vejo, juro
Em êxtases e espasmos; verso e rima
carinho letra a letra; urgência é greve
URGÊNCIA - Lena Ferreira -
Urgentemente mas isento de pressa
O dia encontra a lua com a promessa
de rutilar o amor e sem demora.
Amar-te às claras na vaga brisa leve
É mágico encanto; é calma e calma
Que acalma esses delirantes traumas
Queimados em fogueira; chama breve
Cadentes num amar constante e puro
Anima por mim mesma a alta estima
Sucedem voos em saltitos leves
Dois corpos flutuando; vejo, juro
Em êxtases e espasmos; verso e rima
carinho letra a letra; urgência é greve
URGÊNCIA - Lena Ferreira -
quarta-feira, 17 de abril de 2013
MADRUGADA
A
languidez desse silêncio arranha
se
arrasta pelos cantos mais estranhos
compõe
as madrugadas desses dias
tão
frias, as letras sobram no papel
Qusera
um grito insano e ensurdecente
varresse
essa saudade que não cala
resvala
em todo cômodo conforto
roçando
as janelas com seu vento
Um
nó no pensamento que vagueia
mais
uma taça de cheia de agonia
e
a frase, tão aflita, morre à míngua
aos
pés do sol que ainda vai nascer
MADRUGADA
- Lena Ferreira
- abril/13
terça-feira, 16 de abril de 2013
ABRIGO
Abrigo
de tormentas e calmarias
diriam
que, por isso, sou uma atriz
eu
fiz por merecer essa bagagem
-
aragem passadiça, desconforto -
Meu
porto é inconstância permanente
agente
em céus de organza nessas fases
e
as frases que me lançam em desvio
são
fios que, mais ais, cumularão
Se
o teu senão dissesse claramente
o
que na mente escondes, que alegria!
mas
não, só sugestão; calo em meu peito
é
o jeito de seguir sem temporais
Abrigo
calmarias e tormentas e alguns ais;
aguenta,
alma minha, somente um pouco mais...
ABRIGO
- Lena Ferreira
- abril/13
segunda-feira, 15 de abril de 2013
SURTO POÉTICO
Quero mais é ler o sol sorrindo
poeira de beijos no pé da estrada
ouvir os sussurros dos lírios
e os delírios na boca da madrugada
Quero mais letras, livres, leves, voando
no ritmo do impróprio pensamento
desmedidas, sem régua, sem regra,
sentindo o gosto dos seus ventos
Quero o imprevisto do improvável
às cegas para a monotonia
e sentir o susto mais palpável
de mais um surto de poesia
SURTO POÉTICO – Lena Ferreira – abril/13
poeira de beijos no pé da estrada
ouvir os sussurros dos lírios
e os delírios na boca da madrugada
Quero mais letras, livres, leves, voando
no ritmo do impróprio pensamento
desmedidas, sem régua, sem regra,
sentindo o gosto dos seus ventos
Quero o imprevisto do improvável
às cegas para a monotonia
e sentir o susto mais palpável
de mais um surto de poesia
SURTO POÉTICO – Lena Ferreira – abril/13
ESTAÇÕES
Quando meu peito inverna,
chovo forte
- trovejando ventanias
alago o leito em prantos -
Nessas horas,
seu sol-riso vem, mansinho
e dissolve as nuvens gris
do meu pensamento-temporal
Sopra seu hálito de brisa morna
secando todos os cantos
Recolhe as folhas do meu outono
semeando com tanta ternura
Prepara meu território inteiro
para receber a sua primavera
E o efeito, não demora
logo, logo, verão
ESTAÇÕES - Lena Ferreira -
chovo forte
- trovejando ventanias
alago o leito em prantos -
Nessas horas,
seu sol-riso vem, mansinho
e dissolve as nuvens gris
do meu pensamento-temporal
Sopra seu hálito de brisa morna
secando todos os cantos
Recolhe as folhas do meu outono
semeando com tanta ternura
Prepara meu território inteiro
para receber a sua primavera
E o efeito, não demora
logo, logo, verão
ESTAÇÕES - Lena Ferreira -
FASES
Semicerrados, olhares se observam
arteiros, em promessas absurdas
invadem os meios inteiros e se instalam
nos tantos cantos escusos, recatados
Semioculta, a lua, cheia em fases
bisbilhota esse comportamento infante:
quatro olhinhos brincando de verdades
duas bocas salivando diálogos silentes
Nascem promessas avessas e caras
florescem gramas nas areias da praia
e uma brisa mole e morna destila o ar
ouvindo o suspiro da noite em quases
Pausando no vão dessas frases não ditas
brindam com olhares na taça da calma
e seguindo o universo na alteração da rota
mudam a fase cheia para uma lua nova
FASES – Lena Ferreira -
DANÇA
E dança a menina
ao sabor da brisa
pensamento vago
Bem perto do lago
uma dor a escraviza
que até a desatina
Lânguida e leve
suspiros macios
silêncio profundo
Percorre o mundo
mergulho no estio
do momento breve
E dança, e dança
em dó, rodopios
em si, contradança
No equilíbrio, avança
e a mais um desafio
- coragem - se lança
DANÇA - Lena Ferreira -
PLENA
Quando seus olhos
beijam os meus, sinto-me, inteira
Abraça meu mormaço
e desembaraça o meu pensamento
Um vento leve, quase brisa
vem e eterniza essa carícia plena
Serena, a madrugada segue
e não há quem negue; faz sentir-me plena
PLENA - Lena Ferreira - abril/13
RENDIÇÃO
E a sensação do quase
quase que enlouquece
faz-nos tremer na base
corpos estremecem
fica suspensa a frase
aquela que enternece
- salivam poros e pelos -
Percorre-nos por dentro
a alma inteira sua
faz-nos perder o centro
em ida e volta à lua
assim é noite a dentro;
é meu e eu sou sua
- rendamo-nos aos apelos -
RENDIÇÃO - Lena Ferreira - abril/13
ENSAIO
E
sai o sal
do sol
e o céu
devolve o sumo
ensaiando
vaga,
abundo
pela rua
marginal
Esvai-se tal
além do véu
de
ver o mundo
deslizando
vaga, abundo
pele
crua
temporal
ENSAIO - Lena
Ferreira - abril/13
BALÉ
E
foi, recolhida no casulo-pensamento,
foi,
refletindo sobre o tolo movimento
foi,
rogando para ter temperança
Foi,
resolvida a aguardar com paciência
pelo
momento de sua autoindulgência
consciente
que o tempo só avança
Aos
poucos, as asas foram tomando forma
enquanto
sentia na alma a reforma
e
o abraço verde e leve da esperança
Enfim,
o rompimento do casulo; renovada!
na
sua mente, borboletas em revoada
coreografavam
o balé da mudança!
BALÉ
– Lena Ferreira – abril/13
GAZE
Sobre
relacionamentos
digo,
sem constrangimento,
conviver
esgarça qual gaze:
Às
vezes, somos fissuras
feridas
na alma; ranhuras
um
artigo pedindo crase
Às
vezes, um afastamento
por
mero desentendimento
mas
quero crer ser só fase
Às
vezes, somos harmônicos
momentos
que, tão sintônicos
desvencilhamos
do ''quase''
Às
vezes, a monotonia,
rotina
a desarmonia
acidulando
as frases
Mas
penso ser tudo isso
que
molda o compromisso
desde
que o momento case
Pondero
em delicadeza;
a
vida exige destreza
conviver
esgarça qual gaze.
GAZE
– Lena Ferreira – abril/13
FÚTIL
E se lançou em precipícios
abismos fundos, deu indícios
de apalpar constelações
Correndo atrás de qualquer vento
foi que atingiu o firmamento
com o peito em doidas pulsações
Dançou nas nuvens mas, inútil,
o seu motivo era tão fútil
só preenchia o ego, em vão
''De que me servem, então, estrelas?''
entristeceu-se por não tê-las
dentro da palma, além da mão...
FÚTIL – Lena Ferreira – abril/13
DEUSA
Contemplemos esta noite que desfila
num vestido deslumbrante de mistérios
salpicado de brilhantes que cintilam
e transformam o momento em etéreo
Contemplemos esta dama dos segredos:
no silêncio sepulcral da madrugada
tanto grita, que acorda alguns dos medos
na alma incauta que transtorna, enluarada
Tão materna que, de uma forma estranha,
acalenta dores várias e cansaços
encobrindo com sua sombra tamanha
muitos nós dos sós e dos sóis, o mormaço
Deusa estranha, adornada pelo tempo
simples, fácil; frágil é seu movimento
DEUSA – Lena Ferreira – abril/13
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