sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ENTRE ESTROFES E DELITOS


ENTRE ESTROFES E DELITOS
(Lena Ferreira)

E vi caírem pouco a pouco, uma a uma,
as nuvens grávidas de cismas absurdas
que ocultavam as estrelas cintilantes
dependuradas pelos céus de tanta mente.

Precipitadas, inundaram o vão do abismo
tanto cinismo em versos e risos amuados
e transformaram num inferno, o paraíso
então mordido pelos lábios inclementes.

Caíam todas, tantas, tontas em vertigens,
eram fuligens as provas do extinto caso
não por acaso, irrefutável; só delírios.

No julgamento, não contaram com a sorte
acharam a morte antes de chegarem à boca;
morreram loucas entre estrofes e delitos.

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