segunda-feira, 9 de julho de 2012

SUBVERSÃO


SUBVERSÃO
(Lena Ferreira)

E ouço vozes
vertiginosas e roucas
subvertendo o tempo
tão escasso.

Arrastando o passado
pro presente
maculando a prosperidade
do futuro.

Em tons ferozes
debatendo-se, loucas
invertem a direção do vento
tão mormaço.

Apelo às vozes, com cuidado:
ponham, logo, dormente
essa inútil insanidade
de abraçar o escuro!

Subvertam essas vozes
debilitadas e moucas
cheias de ressentimento;
tão fracasso!

Revertam esse enfado,
conscientes
de onde mora a verdade;
no amor puro!


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