quinta-feira, 26 de julho de 2012

DESTE QUASE


DESTE QUASE
(Lena Ferreira)

Guardando a medida do  imo
num pote transbordante de alento
leve, livre, solto, vento teso e  intenso
despretensiosamente calmo, vejo-te

Instigante, intrigante, semi-oculto
na penumbra da janela enluarada
passeando em deleite à brisa vaga
deslizando pelos pensamentos vãos

- que os meus -


A cada tentativa de falar-te-me
letras saltam à frente num impulso; fátuo,
denunciando meus sentires, antes em disfarce


Desde sempre, procuro no verbo silente, que teu, inteiro
a resposta que fora escrita num amanhã de outrora
orvalhando o presente distante; deste quase, sempre meu

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